quinta-feira, 27 de abril de 2006

Coisas que me preocupam...[1]

Estou extremamente preocupado. Melhor, estou aterrorizado. Eu sei que sou jovem e não tenho filhos e queira Deus que não os tenha tão cedo, mas estou francamente preocupado com a educação da minha futura descendência...Porquê? É simples. Chegados os 3 anos os meus filhos vão para o Colégio...mas tenho medo do que por lá possam aprender...tenho medo que andem a ensinar aos meus filhos coisas libidinosas...ensinamentos de cariz pornográfico até! Tenho medo que os miúdos me aprendam coisas obscenas como a música As pombinhas da Catrina. É verdade! Já tiveram o cuidado de agora que cresceram analisarem a dita música? Não? Então eu analiso para vós caros amigos.
Comecemos logo pela primeira quadra. Diz ela:
As pombinhas da Catrina,
andam já de mão em mão,
foram ter à quinta nova,
ao pombal de S. João.

Atentem na subtileza da coisa.
"As pombinhas da Catrina"...A criança é introduzida a uma sujeita, a Catrina. Ora toda a gente sabe que em Portugal o nome é CatArina e não Catrina. Catrina é russo...portanto deduzimos que esta sujeita é uma imigrante de leste que veio para Portugal.
"Andam já de mão em mão"...complemento directo "o quê", as pombinhas. Ora as "pombinhas" andam de mão em mão. Toda a gente sabe que é impossível apanhar pombos a menos que se tenha à mão uma caçadeira ou para os mais destemidos uma fisga. Portanto estas pombinhas NÃO podem ser os vulgares pássaros! Serão o quê? Ora se pertencem à nossa imigrante de leste, basta usar o método de análise Quim Barreirosiana et voilá! As pombinhas são o nome simpático para "as maminhas". Ficamos assim a ter uma ideia sobre os segredos perversos da nossa amiga Catrina.
"foram ter à quinta nova,ao pombal de S. João"...Cá está! Se dúvidas restassem sobre a profissão da nossa imigrante de leste estão desfeitas. A nossa amiga Catrina é aquilo que os especialistas chamam de "profissional nocturna", vulgarmente conhecidas por "prostitutas". Ficamos também a saber que a nossa querida Catrina leva as suas pombinhas ao domicilio o que para os solteiros é óptimo mas para um homem casado é deveras complicado.
Segue-se a segunda estrofe:
Ao pombal de S. João,
ao quintal da Rosalina.
Minha mãe mandou-me à fonte,
eu parti a cantarinha.
Nesta estrofe temos mais informação sobre as actividades da Catrina!
"Ao pombal de S. João,ao quintal da Rosalina."Alegria! A nossa amiga Catrina alinha em cenas lésbicas! Somos introduzidos à sua companheira a "Rosalina". Provavelmente o quintal desta é uma espécie de bordel ao ar livre...tá bem, é bom para os pulmões, ar fresquinho!
No entanto como se até aqui não tivéssemos desvendado detalhes suficientes sobre a Catrina ficamos a saber que quem está a cantar a Canção é uma amiga dela, certamente uma colega. Agora deixamos a Catrina e vamos entrar no mundo desta nossa ilustre alcoviteira.
"Minha mãe mandou-me à fonte,eu parti a cantarinha."...Conta-nos ela como se iniciou na arte da noite...aparentemente foi fazer um recado à sua mãe, mas não resistiu e "partiu a cantarinha"...na minha terra chamava-se outra coisa...é óbvio que a rapariga foi à fonte e deixou-se ser sodomizada pelo "seu amor" como nos conta a 3ª estrofe:
Ao passar o ribeirinho,
água sobe e água desce,
dei a mão ao meu amor,
não quis que ninguém soubesse.
Cá está a prova! "Ao passar o ribeirinho," portanto ficamos a saber que a fonte era de água natural, "água sobe e água desce"...apreciem a beleza poética aplicada ao acto daquilo a que chamaríamos "fazer o amor" não fosse conhecermos os gostos da amiga da Catrina..."água sobe e água desce,"...sobe e desce, sobe e desce...podemos até ficar elucidados sobre a posição em que a moça foi "comida".
"dei a mão ao meu amor,não quis que ninguém soubesse."...ah! Cá está! O medo de que a sociedade em que está inserida soubesse da sua nova ocupação, levou a amiga da Catrina a dar a mão ao "seu amor"...que nós sabemos que era o seu amor daquela noite...para que ninguém desconfie.
Se tu és o meu amor,
dá-me cá os braços teus,
se não és o meu amor,
vai-te embora, adeus, adeus.
E aqui temos a confirmação...o "amor" da nossa amiga é aquilo a que nós geralmente chamamos de clientes...tanto que ela diz-nos...se formos o seu "amor" damos-lhe os "braços"...cá está outro floreio para designar o falo...aliás, possuímos aqui um dado interessante! Ficamos a conhecer o que distingue esta profissional da sua amiga Catrina! A Catrina alinhava em cenas lésbicas...esta não...mas pelos vistos alinha em duplas penetrações...visto que até hoje Deus só atribuiu ao homem 1 "braço".
Por ser o pombal tão estreito,
e asas termos pr'a voar,
nós voamos com tal jeito,
que não qu'remos já voltar.
Aqui temos um desabafo...quer da nossa amiga quer até da própria Catrina...o "pombal é tão estreito" não mais é do que uma clara alusão à má situação financeira dos portugueses que não podem estar sempre a gastar dinheiro com elas...Como tal dão esporadicamente um salto aos nossos vizinhos espanhóis como demonstra o verso "e asas termos pr'a voar,". Voar é obviamente outro eufemismo para a palavra "foder"...
No entanto as nossas amigas também demonstram o seu amor ao trabalho que desenvolvem..."nós voamos com tal jeito,que não qu'remos já voltar." Pois é...ganharam-lhe o gosto e a táctica "voando com tal jeito" que "já não querem voltar" à sua antiga vida certamente....
Se alguém nos vê passar,
diz: que lindos que eles são;
nós não queremos já voltar,
mas andar de mão em mão.
Quanto ao 1º e 2º verso é óbvio...se elas (as pombinhas...) não forem lindas não há clientes...daí o boom no ramo das plásticas...
No 3º e 4º verso já juntas (a Catrina e a amiga) reafirmam que não querem voltar à sua vida passada "mas andar de mão em mão."
Sem ter beira nem patrão,
o voar é nossa sina.
- vão andar de mão em mão,
as pombinhas da Catrina
Terminam agora a música com um grito anti-patronal..."Sem ter beira nem patrão,"...esta estrofe confirma a origem soviética das nossas amigas, ou não é o hino da Internacional Socialista que diz "uma terra sem amos, a Internacional"?
Ainda tentam contudo atirar a culpa da sua escolha para Deus, afirmando que "voar" é a sua sina...mentira! Estão a contradizer-se...já haviam afirmado que gostavam do que faziam...
Terminam por fim com uma promessa a todos os homens do nosso Portugal...prometem que "- vão andar de mão em mão,as pombinhas da Catrina".
Ora depois desta análise digam-me se não tenho motivos suficientes para temer pela educação dos meus futuros filhos? Acho que nenhum pai fica satisfeito ao saber que no Colégio do seu filho lhe andam a ensinar músicas sobre duas prostitutas russas...

1 comentário:

Anónimo disse...

decididamente um dos textos mais geniais k já li!! lool